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Sua saúde está em suas mãos Esteban S. Poni e Carlos Poni A Organização Mundial da Saúde identificou 10 fatores de risco para a saúde: (1) água contaminada, falta de higiene e saneamento básico; (2) fumaça de combustíveis sólidos em ambientes fechados; (3) pressão alta; (4) colesterol elevado; (5) fumo; (6) peso baixo (emagrecimento); (7) obesidade; (8) consumo de álcool; (9) sexo arriscado e (10) deficiência de ferro. Juntos esses fatores respondem por mais de um terço de todas as mortes no mundo (ver Tabela 1). Estatísticas Importantes Água contaminada e falta de saneamento e higiene causam 1,7 milhões de mortes ao ano em todo o mundo (basicamente por diarréia infecciosa). De cada 10 mortes, nove são de crianças, a maioria pertencente a países em desenvolvimento. Metade da população mundial (3,1 bilhões) é afetada pelo ar poluído de ambientes fechados, devido ao cozimento de alimentos e ao sistema de calefação alimentado por combustível, gerando infecções respiratórias e doenças crônicas de obstrução pulmonar. Pressão alta e colesterol elevado estão relacionados ao consumo excessivo de alimentos gordurosos, salgados e doces. Tais alimentos se tornam ainda mais nocivos quando combinados com fumo e consumo excessivo de álcool. Em geral, a hipertensão arterial causa sete milhões de mortes anualmente; e o colesterol, mais de quatro milhões. As mortes por uso de fumo mantiveram-se nos cinco milhões de pessoas ao redor do mundo em 2000 – um aumento de um milhão em relação aos dados de 1990. O índice de mortalidade entre fumantes é de duas a três vezes maior que entre os não-fumantes. No mundo, mais de um bilhão de adultos está acima do peso e entre 300 a 500 milhões são clinicamente obesos. Meio milhão morre anualmente de doenças relacionadas à obesidade na América do Norte e na Europa Ocidental. Em regiões industrializadas como a América do Norte, a Europa e o Leste asiático, pelo menos um terço de todas as enfermidades é causado por fumo, álcool, pressão alta, colesterol e obesidade. Mais de três quartos das doenças cardiovasculares – fator número um de mortes no mundo – estão relacionados ao uso do tabaco, à pressão alta, e à obesidade ou colesterol elevado. Em todo o mundo o álcool causou 1,8 milhões de mortes em 2001, ou quatro por cento do ônus global de enfermidades; o pico ocorre nas Américas e na Europa. O álcool foi a causa de 20 a 30% de cânceres esofágicos, doenças do fígado, epilepsia, acidentes automobilísticos, homicídios e outros danos intencionais. Pelo menos 27% de crianças com menos de cinco anos no mundo estão abaixo do peso. Essa condição foi causa de cerca 3,4 milhões de mortes em 2000, incluindo em torno de 1,8 milhões de mortes na África e 1,2 milhões na Ásia. Esse foi o fator contribuinte em 60% de todas as mortes infantis nos países em desenvolvimento. A deficiência de ferro é a carência nutricional mais comum no mundo, afetando cerca de dois bilhões de pessoas, e causando quase um milhão de mortes ao ano. A deficiência de vitamina A é a causa número um de cegueira infantil. A deficiência de iodo é, provavelmente a maior causa de retardamento mental e danos cerebrais. A severa carência de zinco é motivo de baixa estatura e de um sistema imunológico debilitado; e também importante causa de infecções respiratórias, malária e diarréias. Em todo o mundo, cerca de 2,9 milhões de mortes são atribuídas ao sexo arriscado. A maioria dessas mortes ocorre na África. Além disso, durante o ano de 2001, mais de 99% das infecções por HIV na África foram atribuídas à mesma causa. Em outras partes, a proporção de mortes por HIV/AIDS atribuídas ao sexo arriscado vai de 13%, no Leste asiático e no Pacífico, a 94% na América Central. Menos de 30 anos após sua aparição, o HIV/AIDS é a quarta maior causa de mortes no mundo (ver Tabela 2). Atualmente, 28 milhões (70%) dos 40 milhões de pessoas com HIV residem na África, mas a infecção também se espalha rapidamente por outros lugares. A expectativa de vida na África Subsaariana é estimada em 47 anos; sem a AIDS, seria de 62. O que você pode fazer para reduzir e eliminar os riscos Adote uma posição mais ativa em favor da vida. Aqueles que não tomam medidas preventivas contra os principais fatores de risco à saúde humana, com freqüência, se tornam vítimas precoces de doenças e mortes. “Coma, beba e se case, porque amanhã você vai morrer” não é lema para aqueles que querem evitar enfermidades e desfrutar vida saudável.2 Adotar medidas significa dar um passo decisivo contra aquilo que produz fatores de risco à saúde. Esses riscos não devem ser ignorados. Assuma uma atitude responsável em prol da vida. “Não tenho que fazer isto”, “não vou conseguir”, “posso cuidar de mim mesmo”, não são declarações dos mais fortes, mas dos irresponsáveis. Quando o assunto é hábitos ou estilo de vida, como o uso de álcool, fumo ou drogas, ou quando a tentação é praticar sexo de forma insensata, o indivíduo realmente responsável vai dizer não. Somente o irresponsável para consigo mesmo e com sua família diria coisas como: “Posso parar quando quiser” ou “fui vítima de uma atração irresistível.” Em vez disso, fique firme. Seja responsável. Previna-se contra esses riscos, em vez de se tornar sua presa fácil. Faça algo positivo. Não assuma a atitude niilista de que nada pode ser feito acerca da situação atual. Veja, por exemplo, o alto risco do saneamento deficiente ou da falta de água limpa. Uma comunidade inteira pode ser afetada por isso. Faça algo. Escreva para as autoridades locais. Organize campanhas de auto-ajuda. Uma comunidade organizada pode limpar sua vizinhança, providenciar saneamento básico e ser um exemplo de ambiente saudável para as outras. Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje. A procrastinação é uma poderosa ferramenta do diabo. Suponha que o médico tenha-lhe dito para deixar de beber porque seu fígado já está comprometido. Você deve tomar uma posição para o bem de sua saúde. Isso pode nunca acontecer. Se você for uma vítima de um desses riscos para a saúde, comece a agir imediatamente. Não seja apático. A apatia (um tipo de exclusão por indiferença, mesmo tendo evidências indubitáveis) faz com que a pessoa se engane. Alguém assim sabe que adotar uma dieta baixa em gorduras, rica em vegetais, frutas e fibras, ajuda a diminuir o risco de doenças cardiovasculares, mas ela continua ingerindo alimentos gordurosos e poucos vegetais, frutas e fibras. O resultado de tal apatia é o auto-engano e, eventualmente, o tornar-se vítima de problemas de saúde. Medidas para aumentar o bem-estar da sua vida Essas medidas podem ser definidas de modo mais amplo como atitudes preventivas, curativas ou reabilitadoras, onde a primeira intenção seja melhorar a saúde. Aqui estão algumas dicas para um estilo de vida mais saudável:3 Melhore sua saúde mental
Faça escolhas responsáveis sobre o uso de substâncias
Tome decisões sábias a respeito de alimentos e bebidas
Outras escolhas importantes relacionadas ao estilo de vida
Proteja-se contra as doenças sexualmente transmissíveis (DST)
Mantendo-se informado a respeito desses temas importantes e tomando decisões sábias sobre seu estilo de vida, você será capaz de reduzir grandemente os riscos para a saúde e aumentar o bem-estar. Esteban S. Poni-Ravagli (M.D. pela Universidad Central de Venezuela; Loma Linda University) é médico especializado em medicina interna e pediatria. Seu email: este3808@hotmail.com. Carlos A. Poni-Escobar concluiu seus estudos médicos preliminares e atua como professor-assistente na Escola de Medicina da Loma Linda University, em Loma Linda, Califórnia, USA. REFERÊNCIAS 1. The World Health Report 2002 e 2003. www.who.int/whr/2002/overview. 2. E. Poni, “Taking charge of your health”, Dialogue 16.1 (2004), 1:8-10. 3. P. M. Insel e W.T. Roth, Core Concepts in Health, Stanford University, 2004. 4. Se você é vegetariano estrito, seu médico pode recomendar suplementos vitamínicos para evitar a deficiência da vitamina B12. Porém, cereais, bebidas à base de soja e lêvedo de cerveja podem prover essa vitamina, de modo a evitar ou retardar intervenções médicas freqüentes. |
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